No júri, acusados de chacina
Quatro integrantes de um bando que praticou uma chacina que vitimou cinco pessoas de uma mesma família e deixou um sobrevivente serão julgados nesta sexta-feira, 13, na 1ª Vara do Júri de Porto Alegre. Os mortos foram a mãe do sobrevivente, 42 anos, o padrasto, 47, o irmão, 21, um primo de 18 e a avó, de 67. O crime ocorreu na madrugada de 26 de abril de 2004, na Vila Jardim Protásio Alves, na Capital. O promotor de Justiça Fabiano Dallazen representará o Ministério Público no plenário.
Os réus são Sérgio Elias Martins Faria, o “Preto”, José Leomar de Oliveira Mafalda, o “Alemão Nico” – ambos seriam julgados em janeiro, mas um pedido de reunificação da defesa foi aceito pelo Judiciário, que deferiu a transferência de data – Rogério Ferreira Costa e Ronaldo Ferreira Costa. Todos foram denunciados pelas mortes de Paulo Fernando Fagundes da Silva, Francisca Rosa da Silva, Jeferson da Silva Lisboa, Aurora Fagundes da Silva e Cristiano Machado dos Santos. Eles também respondem por tentativa de homicídio contra a vítima que sobreviveu.
De acordo com a denúncia, os fatos delituosos iniciaram na Vila Nazaré. Fortemente armados, os denunciados arrombaram a porta da residência das vítimas. A família foi rendida, amarrada e amordaçada. Colocadas em uma Fiorino, foram agredidas durante o trajeto até a Vila Jardim Protásio Alves. No local da execução houve mais espancamentos. Imobilizadas, as vítimas foram assassinadas. Sérgio Elias Martins Faria e um adolescente fizeram diversos disparos de armas de fogo causando as mortes.
Conforme o Ministério Público, os crimes foram cometidos por desavenças de grupos delinquentes rivais e vingança, uma vez que uma das vítimas, no passado, havia disparado contra um integrante da quadrilha que cometeu a chacina. Também utilizaram meio cruel ao espancar violentamente as vítimas antes de executá-las. O sobrevivente conseguiu escapar porque fingiu estar morto.