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O efeito avassalador do crack

O efeito avassalador do crack

marco
Droga está cada vez mais sendo consumida e já repercute nos homicídios. Em Bento Gonçalves, neste mês, nos três casos julgados os réus eram usuários

O preço acessível e o efeito imediato e avassalador do crack são atrativos que fazem o dependente de drogas experimentá-lo. Por isso, a epidemia de crack não atinge mais apenas a periferia, mas avança nas classes média e alta. Essa droga está sendo cada vez mais usada e já repercute nos homicídios. Exemplo disso é que em três casos julgados neste mês em Bento Gonçalves, os réus eram usuários de crack. Nos três júris populares da cidade serrana, o Ministério Público foi representado no plenário pelo promotor de Justiça Eduardo Viegas.

No dia 4 de dezembro, os jurados condenaram por homicídio qualificado (surpresa) José Ribeiro da Silva. A pena foi de 8 anos e 6 meses de prisão. O réu está foragido. Pela primeira vez, em Bento Gonçalves, o réu não compareceu ao plenário. O júri aconteceu com a cadeira vazia. Na madrugada de 15 de junho de 2000, Silva matou com um tiro no rosto Jair Cabral da Luz, que queria comprar fiado uma pedra de crack.

No dia 15 de dezembro, os jurados condenaram por homicídio consumado duplamente qualificado – vingança (motivo torpe) e meio cruel (fogo) – Éwerson Siqueira. A pena foi de 17 anos de reclusão. Na manhã de 7 de junho de 2007, o denunciado matou sua companheira Zuleide Moreira Barbieri. A vítima, que estava embriagada, foi imobilizada dentro da casa que o casal vivia. Após, inconformado com a companheira que não queria mais manter o relacionamento, ateou fogo na moradia.

No dia 19 de dezembro, os jurados condenaram por homicídio Geraldino Leite Gonçalves. A pena foi de 7 anos em regime fechado. Na tarde de 7 de novembro de 2007, o denunciado matou Cláudio da Silva golpeando com uma faca o peito da vítima. Réu e vítima eram viciados em crack. No júri, o Ministério Público sustentou que a morte ocorreu por disputa de uma pedra da droga.




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