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Agudo: traficantes denunciados

Agudo: traficantes denunciados

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A denúncia é desdobramento da Operação Alpino, desencadeada há 20 dias na região Central do Estado

O Ministério Público ofereceu denúncia contra cinco acusados de tráfico de drogas e associação para o tráfico na região Central do Estado. A denúncia é conseqüência da “Operação Alpino”, que resultou no cumprimento de mandados de busca domiciliar, apreensão de veículos e na prisão de quatro pessoas. A ação foi desencadeada há vinte dias pela Especializada Criminal de Porto Alegre, em parceria com a Promotoria de Justiça de Agudo, através da promotora Daniela Gaspar Raiser. A Polícia Rodoviária Federal e o Batalhão de Polícia Rodoviária do Estado também apoiaram.

No curso das investigações, por meio de interceptações telefônicas e monitoramentos, o Ministério Público apurou que um casal era responsável pelo tráfico de cocaína em Agudo. A droga era transportada desde Santa Cruz do Sul, por intermédio de um fornecedor de Candelária. Além de comercializar a cocaína em Agudo, o casal, geralmente nos finais de semana, deslocava-se até o município de Caçapava do Sul, oportunidade em que a mesma droga era deixada para comercialização naquela cidade para a mãe de um deles. Em tais ocasiões, quando estava em Caçapava do Sul, para não deixarem os consumidores sem abastecimento na ausência deles, durante os finais de semana, o casal deixava outro comparsa incumbido de persistir com a comercialização da droga em Agudo.

Dois veículos, uma caminhonete S10 e um Gol, ano 2009, utilizados para o tráfico de droga, foram apreendidos pela Força-Tarefa do Ministério Público e, conforme postulação da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, acatada pelo Judiciário, serão utilizados, respectivamente, pela Delegacia de Polícia e pelo Presídio Estadual de Agudo.

O promotor de Justiça Flávio Duarte, que coordenou a operação, disse que definida a participação e o alcance da atividade delituosa de todos os denunciados, não é difícil concluir que a associação voltada para o tráfico formada por todos eles, embora pequena em comparação a outras existentes em nível regional ou nacional, “é de evidente e escancarada repercussão em comunidades pequenas e ordeiras como Agudo”.

O Promotor de Justiça ressalta que comunidades pequenas como a de Agudo “não estavam, até há pouco tempo atrás, acostumadas com qualquer atividade relacionada à venda de drogas como cocaína e crack”. Ainda mais com freqüência e regularidade que tal fato ocorria a partir da conduta dos denunciados. Os efeitos da manutenção dessa associação delituosa, nos moldes em que ela chegou a atuar, no âmbito local, poderiam, se mantida, “ser devastadores para a pequena comunidade de Agudo e arredores, com a inclusão cada vez maior de jovens entre o público consumidor de drogas até então escassas ou desconhecidas na região”.

Flávio Duarte observa que pelo que foi extraído a partir dos depoimentos colhidos, é que o tráfico de cocaína, especialmente, “cessou na cidade, pelo menos por enquanto, após a prisão dos denunciados, tamanha a repercussão, muito além do mero processo, de tal diligência”. Os depoimentos colhidos apontaram que o consumo de cocaína na cidade era expressivo, justamente em razão da conduta dos ora denunciados.



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