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"Espelho D'água": denúncia em breve

"Espelho D'água": denúncia em breve

marco
Operação da Especializada Criminal da Capital desmantelou esquema armado para burlar licitações envolvendo serviços de coleta de lixo

“A denúncia contra os implicados no esquema montado para fraudar licitações e ganhar contratos de serviços de coleta de lixo será oferecida brevemente e dentro do prazo legal”. A afirmação é do promotor de Justiça Ricardo Herbstrith, da Especializada Criminal da Capital, que coordenou a operação “Espelho D’água”. A ação que teve participação de 160 agentes, inclusive da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, eclodiu na manhã desta quarta-feira, 12, surpreendendo comunidades da Região Noroeste do Estado.

A operação para desmantelar o esquema que faturou cerca de R$ 20 milhões no ano passado, cumpriu 30 mandados de busca e apreensão e 19 de prisão. Com a apresentação de um dos envolvidos na fraude, 18 pessoas chegaram a ser detidas. Mas só nove delas continuam presas. Um homem que era usado pelo grupo como “laranja”, em Palmeira das Missões, segue foragido. “Os presos serão ouvidos no início da próxima semana, em Palmeira das Missões”, adianta Herbstrith.

O Promotor de Justiça disse, ainda, que além de armas, carros e dinheiro, farta documentação foi apreendida na ação, assim como muitos equipamentos de informática. “Indícios de possíveis participações de prefeitos no esquema foram detectados”, revela Herbstrith, ressaltando que os dados colhidos pela Força-Tarefa serão enviados à Procuradoria de Prefeitos do Ministério Público. O restante da apuração será conduzida pela Especializada Criminal. Pelo menos 80 contratos de licitação para coleta de lixo serão investigados.

A fraude descoberta pelo Ministério Público em abril deste ano, envolvia cartel e associação de empresas que faziam ajustes de fixação de preços. As empresas “eram colocadas em nomes de laranjas, aparentavam concorrer entre si dando lances fictícios, mas eram de um único grupo”, diz o Promotor. Os implicados deverão responder pelos delitos de cartel e fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e peculato. Para colher as provas suficientes para o oferecimento de denúncia criminal, o Ministério Público utilizou ferramentas de investigação de última geração.



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