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Crime em Alpestre julgado na Capital

Crime em Alpestre julgado na Capital

marco
Ameaças de um dos réus ao corpo de jurados motivou o desaforamento do júri popular para Porto Alegre. Sessão inicia às 9h desta sexta-feira, na 1ª Vara do Júri

Um crime de repercussão ocorrido há oito anos no município de Alpestre, na Região Norte do Estado, será julgado nesta sexta-feira, 14, mas em Porto Alegre. Um clima de medo e insegurança na Comarca de Planalto, onde seria realizado o júri popular, fez com que a sessão fosse desaforada pelo Tribunal de Justiça – sair do foro natural para outra cidade.

Portanto, os réus Sérgio Brambila, 49 anos, Genoíno Santos, 28, e José Elói Stamm, 41, estarão sendo julgados a partir das 9h no plenário da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. O trio é acusado de matar o comerciante Antônio Pietroski, 66. O crime aconteceu na madrugada de 14 de maio de 2000, domingo em que foi comemorado o Dia das Mães.

O homicídio foi praticado na casa da vítima, que residia na Linha Farinhas, em Alpestre. A promotora de Justiça Lúcia Callegari, que representará o Ministério Público no plenário, disse que o assassinato do comerciante foi encomendado. Pietroski levou um balaço no coração. Dois projéteis calibre 12 e cinco de uma arma pequena foram encontrados no local.

A Promotora sustenta que a pedido de Elói Stamm, que tinha uma desavença com o comerciante, Brambila contratou Genoíno e Severino José Ribicki para fazer o serviço. Este último foi morto um ano depois do crime pelo próprio Brambila, que se encontra preso no Presídio de Frederico Westphalen.

Lúcia Callegari explica que Severino “costumava beber e abrir a boca”. Por isso, foi executado. Na época, Brambila foi apontado em quatro homicídios acontecidos na cidade. Em um foi condenado, em dois absolvido e agora responderá pela morte do comerciante.

Para matar Pietroski, Genoíno e Severino receberam R$ 1 mil, duas espingardas e dois revólveres. A Promotora ressalta que o júri na cidade de Planalto deveria ter ocorrido em novembro de 2006, mas com receio de ser sentenciado à prisão, Brambila passou a fazer ameaças à população de cerca de 12 mil habitantes. Uma delas é de que se fosse condenado, mataria os jurados.



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