Menu Mobile

Urcamp: manifestação final

Urcamp: manifestação final

grecelle
Ministério Público de Alegrete apresenta conclusões sobre caso que resultou em desvio de R$ 1 milhão da Universidade. Decisão da Justiça sairá em breve

O Ministério Público de Alegrete entregou à Justiça, na última segunda-feira, os memoriais para serem juntados aos autos da ação penal sobre os desvios de dinheiro na Universidade da Região da Campanha – Urcamp. Esta é a última manifestação do promotor de Justiça Rodrigo de Oliveira Vieira antes da decisão final sobre o caso. O processo já soma mais de dez mil folhas, distribuídas em 51 volumes. A apuração das irregularidades foi toda desenvolvida pelo Ministério Público, no âmbito de um procedimento investigatório criminal, que resultou em diligências de busca e apreensão, quebra de sigilo fiscal e bancário e requerimentos de seqüestro de bens dos envolvidos.

A denúncia do Ministério Público contra um ex-Pró-Reitor da Urcamp, uma ex-tesoureira e outros cinco pessoas, foi formalizada em 12 de junho de 2006. Na oportunidade, eles foram acusados de formação de quadrilha, estelionato e lavagem de dinheiro. De acordo com o promotor Rodrigo Vieira, os prejuízos causados com o desvio de dinheiro da instituição de ensino chegam a R$ 1 milhão. Somente nas contas bancárias de uma das denunciadas, a ex-tesoureira da Universidade, foi desvendado um movimento de recursos no montante de R$ 513 mil. Só para se ter uma idéia, nas declarações de renda relativas aos anos de 2004 e 2005, a ré declarou rendimentos na ordem de R$ 15 mil e R$ 24 mil, respectivamente. Totalmente incompatíveis, portanto, com os as altas somas movimentadas.

Rodrigo Vieira destaca que “são imensuráveis os efeitos do achaque milionário à mais antiga entidade de ensino superior de Alegrete, que atende aos filhos da classe média e também de famílias pobres, que nela encontram a única possibilidade de ensino superior”. Ele prossegue afirmando que “uma multidão de alunos realiza enorme sacrifícios para o pagamento das mensalidades cobradas, cujos destinos não foram o aprimoramento da instituição ou a melhor remuneração de seu corpo docente ou de servidores, mas a satisfação de uma luxúria monetária descarada e criminosa”.

A defesa dos acusados tem agora o prazo de cinco dias para apresentar as suas alegações finais, para depois, então, a Justiça decidir pela culpabilidade ou não dos réus. O promotor Rodrigo Vieira informa, ainda, que todos os denunciados foram demitidos da Urcamp.



USO DE COOKIES

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul utiliza cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação.
Clique aqui para saber mais sobre as nossas políticas de cookies.