Sarandi debaterá combate ao álcool
A discussão e a reflexão sobre o papel da família, da escola, da sociedade e do poder público na prevenção do consumo de bebidas alcoólicas entre crianças e adolescentes, seus prejuízos e conseqüências. Este é o principal objetivo do encontro “Álcool: a parte que não lhe é contada”, que será realizado na cidade de Sarandi, no próximo dia 30 de outubro, a partir das 18h30min, no campus da UPF. O evento é uma parceria do Ministério Público, Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Secretaria Municipal de Educação de Sarandi e projeto “Todos pela Vida”. O ciclo de palestras é destinado a professores, pais, profissionais da saúde, conselheiros tutelares, assistentes sociais e demais interessados no tema.
O Ministério Público e o Simers vêm desenvolvendo ações em parceria com outras instituições objetivando alertar para as graves conseqüências do consumo de bebidas alcoólicas. “Buscamos ressaltar o importante papel dos pais na formação dos seus filhos, no sentido de dar-lhes limites e não pactuar com o consumo desta droga”, explica a promotora de Justiça Isabel Barrios Bidigaray, coordenadora substituta do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude.
No entendimento da Promotora, o Ministério Público e médicos devem dividir a responsabilidade com a sociedade nesta campanha de conscientização. “É indispensável levar a informação para que os pais assumam seus papéis de educadores e também de protetores de seus filhos, colocando-os a salvo de situações que levariam suas vidas a riscos iminentes e concretos”.
Participam como palestrantes do encontro, a médica psquiatra do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Raquel de Boni, o médico pediatra Gilberto Fedens e a secretária-geral do Simers, médica pediatra sanitarista Ana Maria Martins Moreira.
Os prejuízos sociais e à saúde causados pela bebida alcoólica surpreendem. Nos últimos 20 anos, 90% de todas as internações hospitalares causadas por drogas foram motivadas pelo álcool. Ele também responde por 40% das consultas psquiátricas realizadas no Brasil. A Organização Mundial de Saúde estima que o dano social provocado seja na ordem de 7,3% do PIB e a taxa de mortalidade de jovens brasileiros entre os 15 e 25 anos está entre as dez mais altas do mundo. Estudos apontam, ainda, que o número de jovens dependentes está aumentando e que a iniciação ocorre cada vez mais cedo, estando, atualmente, em torno dos 12 anos de idade.
