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Eleição sem santinhos

Eleição sem santinhos

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Prática foi combatida pelo Ministério Público de Herval. Eleitores se deslocaram em ruas limpas até o local de votação

Os eleitores e principalmente os servidores públicos encarregados de limpar as ruas já estão acostumados, em todo o País, a um ato de má educação e que dá muito trabalho: o despejo de milhares de santinhos e material de candidatos nas vias públicas nas horas que antecedem a abertura da votação. Além da falta de respeito com o eleitor, o fato sobrecarrega o Poder Público, que precisa dispensar mais força humana e financeira para limpar as ruas.

O que fazer para que essa prática acabe? Na cidade gaúcha de Herval, uma medida adotada pela Promotoria de Justiça local deixou as ruas, no dia da eleição, livres dos santinhos e propagandas. Antecipando-se ao que certamente iria ocorrer, a promotora de Justiça Claudia Ferraz Rodrigues Pegoraro pediu à Justiça Eleitoral que determinasse a todas as coligações e partidos políticos locais que providenciassem o recolhimento de todo o material excedente de propaganda de campanha eleitoral, sob pena de responsabilização civil e criminal. Com o deferimento do pedido por parte do Judiciário, todo o material que sobrou da campanha eleitoral foi depositado, no sábado à noite, véspera da eleição, na sede da Brigada Militar do Município.

Além disso, a Promotora pediu que a Justiça contatasse o setor de limpeza urbana de Herval, orientando e pedindo atenção e prioridade para que, antes do início da votação, pelo menos nos locais de maior concentração de eleitores, houvesse preparo e organização para o recolhimento e limpeza de toda e eventual propaganda eleitoral irregular que ali tivesse sido lançada. Assim foi feito em locais como o Instituto Estadual de Educação São João Batista, Agência do Banrisul, Sindicato dos Empregadores Rurais e no Salão Paroquial. “No dia da eleição a cidade estava surpreendentemente limpa, sem santinhos sujando as ruas”, destaca a Promotora de Justiça, que contou com o apoio dos estagiários do Ministério Público Rodrigo Caceres Dutra e Thais Afonso na medida adotada, além da Brigada Militar.



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