MP pede absolvição de PM's
O corpo de jurados acatou o pedido do Ministério Público e absolveu os sete PM’s denunciados pela morte do taxista Maurício Vieira de Lima, 28, ocorrida durante uma perseguição policial na Zona Sul da Capital. O promotor de Justiça Luís Rogério Lima Tavares, que representou o Ministério Público no plenário da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Alegre, argumentou, principalmente, que o projetil apreendido no corpo da vítima apresentava deformações. Por isso, não foi possível a perícia comprovar se os disparos que atingiram o taxista saíram das armas dos brigadianos.
O Promotor de Justiça salientou, ainda, que alertada sobre o furto do veículo, a BM fez barreiras, efetuou tiros de advertência e, mesmo assim, o motorista que tinha consumido cocaína seguiu em fuga. “Os policiais cumpriram o dever de defender a sociedade, até porque não tinham como saber se o suspeito estava armado”, frisou Luís Rogério Tavares. O julgamento popular do caso ocorrido na manhã de 3 de março de 2002, começou às 9h e terminou às 13h desta sexta-feira. A sessão foi presidida pelo juiz Ângelo Ponzoni.
A perseguição iniciou na Estrada Chapéu do Sol, no bairro Ponta Grossa, e encerrou na rua Inhanduí, no bairro Cristal. Maurício Lima estava no táxi Uno prefixo 1346. Pelo que foi apurado, o que motivou o cerco policial foi a demora na devolução do veículo. O táxi deveria ter sido entregue no sábado à noite, mas no domingo Lima continuava com ele. Dois PM’s denunciados por também colocar em risco durante a perseguição uma vítima de acidente de trânsito que era transportada em uma das viaturas ao HPS, tiveram a acusação afastada porque a própria vítima não manifestou interesse em representar contra os policiais.