Pedida prisão de empresário de NH
O Ministério Público e a Polícia Civil de Novo Hamburgo pedem à 1ª Vara Criminal de Novo Hamburgo a prisão preventiva de Carlos Luiz Moschem, 54 anos. Caberá ao juiz André Costa decretar ou não a prisão do empresário investigado há uma semana pelo delegado Luiz Fernando Nunes, da 3ª Delegacia de Polícia. Ele instaurou inquérito para apurar a morte do mecânico Gustavo Klippel, 18, na madrugada do dia 5 deste mês.
O promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim frisa que o pedido de prisão é conseqüência de um homicídio e três tentativas. Argumenta que “trata-se de um crime grave, fútil, que envolve uma pessoa instruída e que não é vítima de exclusão social”. Amorim acrescenta, ainda, que a prisão “é para garantir a ordem pública e mostrar que a Justiça é igual para todos e não faz distinção das pessoas pela posição socioeconômica”.
O episódio ocorreu no bairro Jardim Mauá, na frente da casa do empresário, que se apresentou à Polícia acompanhado de advogado. O crime teria sido motivado pelo barulho de som e algazarra defronte a residência do empresário que, segundo testemunhas, disparou várias vezes da sacada em direção aos jovens que bebiam e escutavam música.
Um tiro de raspão acertou o rosto do garçom Éderson Severo, 24. Outro disparo atingiu o mecânico pelas costas quando tentava se refugiar atrás de um carro. Ele foi socorrido pelos amigos, mas morreu no Hospital Municipal, onde Severo também foi atendido e liberado. O empresário admitiu ter atirado contra um grupo de jovens e foi reconhecido por testemunhas. Moschem alega que houve tentativa de arrombamento em sua casa.