Temido traficante no banco dos réus
O tráfico de drogas leva ao banco dos réus, nesta sexta-feira, 4, Paulo Ricardo Santos da Silva. Apontado pela Polícia como chefe do tráfico de entorpecentes na Vila Maria da Conceição, “Paulão” deveria ter sido julgado em 18 de dezembro, mas a sessão foi suspensa porque seu advogado adoeceu. Além disso, o réu acabou preso preventivamente na saída do plenário e recolhido à Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas. Ele é acusado de ser o mandante da morte do presidiário Adão Jorge da Rosa Pacheco. “Adão Zoiudo”, como era conhecido, foi morto a golpes de estoques no corredor da enfermaria do Presídio Central de Porto Alegre.
“Paulão” – que já cumpriu pena por homicídio e também respondeu processos por tráfico de entorpecentes – estava em liberdade por determinação do STF quando foi preso na 1ª Vara do Tribunal do Júri pelo crime ocorrido no Presídio Central. Neste júri popular que acontece amanhã, “Paulão” responderá pelo assassinato de um usuário de drogas na Vila Maria da Conceição. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado. A promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari ressalta que o crime teve “motivo torpe, meio cruel e foi praticado mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima”. A sessão está marcada para iniciar às 9h.
A vítima, abatida com 11 tiros, é José Antônio Rodrigues Braga. Ele foi surpreendido quando subia um beco da vila para comprar entorpecentes. O crime ocorreu em 26 de junho de 1998. A denúncia narra que o réu, por sentimento de vingança, e um comparsa – morto posteriormente ao fato na cidade de Venâncio Aires por ordem de “Paulão” – efetuaram vários disparos contra o usuário de drogas. Foi apurado, ainda, que o chefe do tráfico na vila tinha desavenças com a vítima e acreditava que ela havia furtado uma arma que lhe pertencia.