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Novo júri para tio que matou sobrinho

Novo júri para tio que matou sobrinho

marco
Papeleiro assassinou menino de quase dois anos para vingar-se da ex-companheira. Em agosto também irá à júri por ter enforcado o filho dela, de 11 anos

Um crime cruel cometido contra uma criança de 1 ano e 11 meses de idade e tendo como cenário o Anfiteatro Pôr-do-Sol, nas margens do Rio Guaíba, será julgado pela segunda vez. O papeleiro e réu confesso Moacir Farias dos Santos, 43, responderá pelo assassinato do sobrinho Luís Juliano Nascimento dos Santos. Em fevereiro deste ano o homem que se encontra recolhido no Presídio Central foi condenado a cumprir 23 anos e 10 meses de reclusão pelos delitos de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Mas como a pena ultrapassou 20 anos teve direito a um novo julgamento, que acontece nesta quinta-feira, às 9h, no plenário da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Alegre.

Contudo, a promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari, que representará o Ministério Público na sessão, ressalta que esse não será o último júri popular de Moacir dos Santos, condenado por estupro em Palmeira das Missões, assalto em Carazinho e que responde processo por atentado violento ao pudor na cidade de Ijuí. O papeleiro, que freqüentava a Vila Chocolatão, na Capital, sentará novamente no banco dos réus no mês de agosto por ter praticado outro homicídio. Para se vingar da ex-companheira, também matou um dos filhos dela, um garoto de 11 anos, que costumava guardar carros. O crime ocorreu no Parque da Harmonia, logo após a morte de Luís Juliano.

AFOGAMENTO

O papeleiro, tio do menino, assassinou Luís Juliano no dia 8 de julho de 2006. Motivo: queria vingar-se de sua ex-companheira, que não queria mais manter um relacionamento afetivo, mas gostava muito da criança. Por isso, Moacir tapou a boca e o nariz da vítima até que desfalecesse e a jogou nas águas do Rio Guaíba para que se afogasse. Para ocultar o corpo do sobrinho amarrou em seus pés uma mochila com pedras e roupas.

Moacir contou à Polícia que neste dia – um sábado – saiu da vila pela manhã com o menino e foi para o Parque da Redenção. No início da tarde deslocou-se para frente do HPS, onde tentou ganhar algum dinheiro. Após consumir crack, perto de anoitecer se dirigiu para a avenida Beira-Rio, próximo ao Anfiteatro. No local decidiu matar a criança. O papeleiro explicou que depois da separação a ex-companheira ficou morando com os filhos na Vila Chocolatão. Mas ela queria que ele saísse da vila. Assim, começou a ser ameaçado pelos “patrões do tráfico”. Moacir confessou que teve intenção de matar a mulher, mas como não conseguiu, após tirar a vida do sobrinho acabou também enforcando um dos filhos dela.



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