Menu Mobile

Preso administrador de penitenciária

Preso administrador de penitenciária

marco
Mesmo afastado do cargo, o administrador do Presídio de Três Passos questionou presos sobre o que haviam declarado em investigação do Ministério Público

Agentes da Força-Tarefa do Ministério Público, acompanhados de Corregedores da Susepe, efetuaram, na tarde desta quinta-feira, a prisão de Luís Carlos Pereira, administrador do Presídio Regional de Três Passos. O administrador, afastado de sua funções no mês passado, é um dos alvos de uma investigação da Promotoria Especializada Criminal, conduzida pelo promotor de Justiça Frederico Schneider de Medeiros, com o apoio direto da Promotoria de Justiça de Três Passos, através do promotor de Justiça Daniel Cozza Bruno.

A investigação foi deflagrada a partir do início do ano de 2007, tendo como objeto crimes de corrupção, prevaricação, peculato e concussão, ocorridos no estabelecimento prisional, apontando para práticas como subtração de gêneros alimentícios da Susepe, a fim de serem desviados em favor do comércio local, concessão de privilégios a determinados apenados, comércio de mercadorias dentro do presídio, realização de despesas públicas para atender interesses pessoais, deferimentos oficiosos de benesses a apenados.

A partir do início do mês de março, a Especializada Criminal comunicou à Corregedoria da Susepe algumas das conclusões do trabalho de investigação criminal, circunstância que deflagrou abertura de sindicância pelo órgão administrativo, a partir da qual foi determinado o afastamento de Luís Carlos de suas funções de administrador. O promotor de Justiça Frederico Medeiros inquiriu, na primeira semana de abril, em Três Passos, testemunhas, como comerciantes locais, servidores penitenciários e apenados, os quais agregaram uma série de elementos de prova ao trabalho de investigação criminal.

No dia seguinte às oitivas, Luís Carlos ingressou no Presídio de Três Passos, mesmo com orientação da Susepe no sentido de que ele não tivesse acesso ao estabelecimento, para questionar os presos sobre o que haviam declarado ao Ministério Público, constrangendo-os, bem como os servidores penitenciários, que demonstraram efetivo temor de que poderiam ser alvo de represálias por parte do administrador afastado. Com o objetivo de tranqüilizar as testemunhas, garantindo-se a efetividade dos elementos de prova já colhidos, bem como viabilizando a coleta de novos dados sem constrangimento das pessoas envolvidas na investigação criminal, o juiz Fernando Vieira dos Santos, da 2ª Vara da Comarca de Três Passos, decretou a prisão preventiva de Luís Carlos para conveniência da instrução criminal e garantia da ordem pública.



USO DE COOKIES

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul utiliza cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação.
Clique aqui para saber mais sobre as nossas políticas de cookies.