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Promotor pede condenação de ex-brigadiano

Promotor pede condenação de ex-brigadiano

marco
Fabiano Dallazen mostrou aos jurados o perfil violento do homem que matou Küfner. Sessão com plenário lotado segue com réplica e tréplica

A acusação do Ministério Público no caso que ficou conhecido como “Küfner” iniciou às 14h. Primeiramente, o promotor de Justiça Fabiano Dallazen referiu aos jurados palavras de familiares, conhecidos e colegas de Marcelo para pontuar sua personalidade. Em seguida, Dallazen apresentou o currículo do ex-PM que matou o Promotor recém chegado na cidade de Santa Rosa para mostrar ao corpo de jurados o seu perfil violento e dizer que “a vítima foi executada friamente”. O Ministério Público revelou, ainda, o diagnóstico de um laudo que evidencia a dificuldade de Heitor Ávila ao viver situações de tensão e de se relacionar com autoridades.

Após, o representante do Ministério Público no plenário lotado acrescentou que “não acredito em nada que o réu diz”, frisando que o processo mostra o contrário. Dallazen ressaltou, também, que “essa causa é mais da sociedade do que do Ministério Público”, deplorando a conduta do ex-brigadiano “que foi treinado para defender os cidadãos e não executar pessoas inocentes”.

Fabiano Dallazen sublinhou que o réu só lembra fatos de seu interesse. Depois explicou aos jurados que testemunhas arroladas no processo provam que não houve nenhuma discussão entre Marcelo Küfner e Heitor antes da Brigada Militar chegar ao local do acidente de trânsito. Dallazen disse que em nenhum momento o Promotor de Santa Rosa deu voz de prisão ao acusado, mas pediu à Brigada Militar que o levassem para fazer exame de teor alcoólico.

O réu efetuou seis disparos contra a vítima, destacou Dallazen, sendo que o primeiro foi a 50 centímetros de distância. “Não houve violenta emoção”, falou Dallazen, dizendo que Heitor esperou o melhor momento para atirar. “Ele é uma máquina programada para matar”, gritou Fabiano Dallazen, argumentando que não há justificativa para o crime “cometido sem nenhuma chance de defesa”.

No final de sua explanação o promotor de Justiça Fabiano Dallazen pediu aos jurados que dessem a Marcelo Küfner aquilo que sempre lutou: “igualdade perante a lei”. Durante o intervalo da sessão Dallazen foi cumprimentado pelo seu trabalho por membros do Ministério Público que acompanham o júri. O procurador-geral de Justiça, Mauro Henrique Renner, também esteve no plenário.

A defesa iniciou seu trabalho pedindo ao corpo de jurados para “distinguir o justo do injusto”. Os advogados Erni Friderichs e Pacífico Saldanha dividem o tempo. A tese apresentada pela defesa é a mesma: “homicídio privilegiado”. Heitor teria agido “sob o domínio de violenta emoção, logo após injusta provocação da vítima”.



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