Homem que matou Promotor vai novamente a júri
O ex-policial militar Heitor José Ávila, acusado de matar o promotor de Justiça Marcelo Dario Muñoz Küfner, irá a novo julgamento nesta quarta-feira, 02, em sessão a ser realizada na 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, a partir das 9 horas. O promotor de Justiça Fabiano Dallazen atuará no júri.
JULGAMENTOS ANTERIORES
Heitor já sentou no banco dos réus por duas vezes. Na primeira, em sessão realizada no mês de março de 2006, em Santa Rosa, foi condenado a 37 anos e seis meses de reclusão. A defesa recorreu da decisão e o segundo julgamento foi realizado em maio do mesmo ano, em Santa Rosa. O desaforamento - realização em outra comarca - atendeu requerimento do Ministério Público.
Porém, na segunda oportunidade o conselho de sentença foi dissolvido a pedido do Ministério Público. Isso porque uma mulher, sorteada entre os 21 jurados, teria sido procurada pelo pai do réu para “desqualificar o crime”. Atualmente o ex-brigadiano encontra-se recolhido, preventivamente, na Penitenciária Modulada de Ijuí.
O CRIME
A vida de Marcelo Küfner foi interrompida na madrugada de 14 de maio de 2004. Após deixar a sede do Ministério Público em Santa Rosa, local onde exercia as funções há apenas dez dias, o Promotor de Justiça ouviu um estrondo, desceu do carro e atravessou a rua ao verificar o veículo conduzido por Heitor José Ávila colidido contra uma árvore. Küfner solicitou então que ele fosse encaminhado para realização do exame de teor alcóolico.
O sargento que atendia a ocorrência reconheceu o motorista, que estava à paisana, como policial militar, e perguntou se estava armado. Neste momento, Heitor sacou um revólver calibre 38, pertencente à Brigada Militar, e desferiu dois tiros contra o Promotor que tombou. O sargento ainda tentou segurá-lo, mas o motorista acabou descarregando o revólver, acertando mais três tiros na vítima.