Acordo impede paralisação dos residentes
A Santa Casa tem prazo até 15 de março para completar o quadro de 32 anestesistas. Esta é a tônica do termo de ajustamento de conduta para garantir a realização de cirurgias pelo Sistema Único de Saúde firmado entre o Ministério Público e o Complexo Santa Casa de Porto Alegre. Atualmente há 25 profissionais e, na semana passada, a Associação Nacional de Médicos Residentes denunciou o grande número de cancelamentos desses procedimentos no hospital devido à falta de anestesistas. O acordo, celebrado na Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos, no final da tarde desta terça-feira, impediu promessa de paralisação dos médicos residentes.
A instituição também se comprometeu em colocar em funcionamento uma central de agendamento de cirurgias do SUS, informou a promotora de Justiça Angela Salton Rotunno. O objetivo é facilitar a orientação aos pacientes que tiverem suas cirurgias canceladas. O termo prevê, ainda, a reabertura da sala de emergência cirúrgica do bloco Sarmento Barata. Mas as principais questões envolvendo a realização de cirurgias pelo SUS “foram contempladas pelo termo assinado”, disse a Promotora de Justiça.
Angela Rotunno recordou que no dia 12 deste mês a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos remeteu ofício à Santa Casa indagando sobre a veracidade de problema apontado por cidadão que narrava a falta de anestesistas, razão pela qual estariam sendo desmarcadas cirurgias. Dois dias depois, a Promotoria de Justiça recebeu representação da Associação dos Médicos Residentes do Rio Grande do Sul. Em virtude da gravidade da situação relatada, foi agendada uma reunião com a Associação dos Médicos Residentes e a Santa Casa “com o intuito de verificar a possibilidade de consenso mínimo entre as partes de forma a manter a continuidade dos serviços”.