Denúncia contra médico será investigada
O Ministério Público de Vacaria instaurou inquérito civil para investigar supostos casos em que pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) estariam pagando para ser submetidas à cesarianas. O promotor de Justiça Luis Augusto Gonçalves Costa pretende ouvir nos próximos dias todos os envolvidos no fato. Matéria veiculada pelo jornal Correio do Povo, nesta sexta-feira, denunciou que mães que se negam a arcar com o valor estão sendo submetidas ao parto normal, pondo em risco a própria vida e dos recém-nascidos.
De acordo com a notícia, em um dos casos, uma moradora do Município, após fazer todo o pré-natal com um médico, foi encaminhada para outro profissional para realizar a cesariana, tendo em vista que o bebê estava sentado e a gestação completaria 40 semanas. Segundo ela, o obstetra teria dito que não era caso de cesariana e não sairia de casa para fazer uma cirurgia pelo SUS por R$ 80. O profissional teria então apresentado uma tabela com o valor que cobrava para fazer a cirurgia particular, variando entre R$ 2,8 mil e R$ 3,8 mil, fora gastos com hospital e anestesista.
Após se negar a pagar pelo procedimento, ela procurou atendimento em Caxias do Sul. Nos exames, ficou constatado que os medicamentos receitados pelo médico de Vacaria causaram aceleração no coração do bebê. O problema foi controlado e a criança deve nascer nesta sexta-feira, no Hospital Geral.