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Pesadelo deixa quatro homens no presídio

Pesadelo deixa quatro homens no presídio

marco
Quadrilha iludia pessoas que sonhavam com a casa própria. Ao acordarem, cedo da manhã, os acusados foram presos

Ação da Força-Tarefa do Ministério Público colocou na cadeia quatro homens que transformavam o sonho da casa própria de inúmeras pessoas em pesadelo. A quadrilha de estelionatários foi surpreendida na manhã desta quinta-feira. O cumprimento dos mandados de prisões preventivas foram coordenadas pelo promotor de Justiça Flávio Duarte, da Especializada Criminal da Capital. A “Operação Pesadelo” prendeu um membro do grupo em Cachoeirinha e três em Porto Alegre. Os estelionatários foram encaminhados diretamente ao Presídio Central.

Pelo menos 15 vítimas do bando foram ouvidas na Promotoria de Justiça Especializada Criminal da Capital, em investigação aberta pelo promotor de Justiça Ricardo Herbstrith. A estimativa é de que o prejuízo delas ultrapasse R$ 500 mil. E com certeza outras pessoas caíram no golpe da compra da casa própria.

Com o intuito de atrair vítimas em potencial, os acusados, através de anúncios veiculados em jornais de grande circulação em Porto Alegre, utilizavam nomes de empresas construtoras como Dukal, Construlanius e Três Passos. Eles prometiam a construção de casas de alvenaria, destinadas à classe média, por preços razoáveis, inclusive com a possibilidade de financiamento direto.

Seduzidas pelos anúncios, as vítimas dirigiam-se aos escritórios de tais empresas. Nesses locais eram recebidas pelos implicados que, com a intenção de iludi-las, demonstravam, de forma simulada, que as empresas eram sólidas, confiáveis e de cunho familiar. Sem notarem que estavam sendo enganados, os interessados acabavam firmando contratos e, conseqüentemente, entregavam valores em dinheiro, imóveis e veículos como pagamento da construção da casa própria.

Quando o pagamento não era realizado em uma única parcela, à vista, os envolvidos, com propósito de iludir as vítimas, iniciavam, de maneira bastante precária, a construção de parte dos imóveis contratados, propiciando, assim, que outras parcelas fossem pagas.

Cada um tinha uma função específica na quadrilha. Alguns eram responsáveis pelo contato direto com a vítima, enquanto outros eram apresentados como projetistas das residências e responsáveis pela execução das obras.



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