No júri homem que tiroteou defronte ao Fórum
Um dos três homens que propiciaram um tiroteio em frente ao Fórum de São Leopoldo, durante tentativa de assalto ocorrida há quatro anos naquela cidade, será julgado a partir das 13h30min desta quinta-feira. Daniel Alves da Silva estará sentado no banco dos réus para responder pelos crimes de tentativa de homicídio, latrocínio, receptação e adulteração de veículo e porte ilegal de arma de fogo. Seus comparsas Denner Souza da Silva e Charles de Lima Sololoneto, já foram submetidos à júri popular no primeiro semestre deste ano e cada um recebeu uma pena de 34 anos de reclusão.
O júri acontecerá no plenário do Fórum de São Leopoldo. O promotor de Justiça Sérgio Luiz Rodrigues sustentará as acusações contidas na denúncia para buscar a condenação do assaltante que se encontra recolhido no Presídio Central. A sessão será presidida pelo juiz Francisco Rovani. A Defensoria Pública atuará em prol do réu.
O fato que, inclusive, gerou pânico em quem presenciou o confronto entre os quadrilheiros e policiais civis, ocorreu na tarde de 15 de dezembro de 2003, na avenida João Corrêa, uma das principais do município. Jaime Feijó Teixeira, dono de um posto de gasolina próximo da Unisinos, havia embarcado na sua caminhonete para se dirigir a um banco no centro da cidade. Era segunda-feira e sua intenção era depositar toda féria do final de semana. O dinheiro foi acondicionado em um malote.
No entanto, o proprietário do posto não notou que era seguido e observado por três homens armados. O trio ocupava um Corolla com sirene e giroflex no teto. Em uma sinaleira perto do Fórum, Teixeira acabou interceptado pelos assaltantes que usavam coletes da Susepe. Porém, naquele instante, quatro policiais que estavam num Vectra discreto recém haviam saído do Fórum e pararam o carro logo atrás. Ao assistirem a investida dos assaltantes contra o automóvel da vítima, os policiais se identificaram e foram recebidos à bala. O trio portava pistolas automáticas calibre 40, de uso exclusivo das Forças Amadas.
O dono do posto e dois agentes da Polícia Civil foram atingidos durante o confronto. A cena gerou pânico nas pessoas que estavam por perto. Jaime Teixeira levou um tiro no pescoço, sobreviveu, mas ficou paraplégico. Um dos policiais acabou se aposentando por invalidez. Os criminosos fugiram e durante um cerco policial feito em todo o Vale do Sinos foram detidos em Sapucaia do Sul pela Brigada Militar.