Guerra de torcidas: MP e CBF fecham o cerco
Aperta o cerco pelo fim da violência entre as torcidas nos estádios brasileiros nos dias de jogos. O Ministério Público através do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais (CNPG), e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), buscam uma solução conjunta para coibir os conflitos.
O primeiro passo, foi dado na última sexta-feira, no Rio de Janeiro, com a assinatura de um acordo entre as duas instituições adotando medidas preventivas como o fim da distribuição gratuita de ingressos para as torcidas organizadas, a instalação de câmeras em todos os estádios e a manutenção, no site da CBF, de uma lista atualizada dos torcedores impedidos de freqüentar estádios de futebol em função de decisões judiciais.
O protocolo de intenções visando estas medidas foi assinado pelos presidentes da CBF, Ricardo Teixeira, e do CNPG, Rodrigo Pinho, durante reunião do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais.
O documento é o resultado do trabalho de uma comissão composta por membros do Ministério Público de vários estados, entre eles, o promotor de Justiça gaúcho, Renoir da Silva Cunha, que atua no combate à violência nos estádios desde 2000. De lá para cá o Ministério Público gaúcho conseguiu, através de recomendações e termos de ajustamento, a instalação de câmeras de vigilância nos estádios Alfredo Jaconi, Beira-Rio e Olímpico. Outra medida foi o cadastramento das torcidas organizadas e a instalação de assentos para torcedores e delimitação de cores e ingressos numerados para evitar superlotação.
Segundo o procurador-geral de Justiça do Estado, Mauro Renner, presente na assinatura do protocolo, "é meta do CNPJ unir esforços para a criação e implantação de Juizados Especiais Criminais nos estádios de futebol". O Ministério Público assume o compromisso de designar promotores para atuar no trabalho de prevenção à violência nos estádios.