Promotor quer prisão de homicida
Dezenove anos de prisão em regime inicialmente fechado. Esta foi a pena imposta pela Justiça ao garimpeiro Valdair Pereira, 30 anos, por ter matado com duas facadas a ex-companheira e mãe de seu filho de cinco anos, Juraci de Oliveira, 29. O crime ocorreu em dezembro de 2004, em Ametista do Sul, mas o júri popular aconteceu nesta semana, na Comarca de Rodeio Bonito, distante a 15 quilômetros do local do fato.
O garimpeiro foi denunciado por homicídio qualificado. No julgamento os jurados acolheram a tese de motivo fútil sustentada pelo Ministério Público. Ao receber citação decorrente de ação de execução de alimentos, Valdair foi atrás da ex-mulher para tomar explicações. Após discussão desferiu os golpes na vítima e fugiu. O réu não estava preso e mesmo sendo julgado e condenado, a Justiça concedeu o direito de recorrer da sentença em liberdade.
Inconformado, o promotor de Justiça Adriano Luís de Araújo, que atua no município de Planalto, interpôs recurso de apelação visando a decretação da prisão preventiva de Valdair e, também, o cumprimento da pena aplicada em regime integralmente fechado. O assassinato da dona-de-casa revoltou a comunidade de Ametista do Sul. Familiares da vítima foram para Rodeio Bonito – cidade da região Noroeste do Estado com cerca de seis mil habitantes – e penduraram cartazes defronte ao prédio pertencente a Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, onde foi instalado o Tribunal do Júri, clamando por justiça.