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"Esquartejador de Alegrete" no banco dos réus

"Esquartejador de Alegrete" no banco dos réus

marco
Júri do homem que matou menina acontecerá no dia 27. Ministério Público contestará laudo que apontou réu como inimputável

Um dos casos criminais mais rumorosos ocorrido na cidade de Alegrete tem desfecho marcado para a próxima quarta-feira, dia 27. Após pouco mais de dois anos de tramitação processual, José Bernardino Brizola, que matou e esquartejou a menina Luana Barcelos Barbosa, de sete anos, estará sentado no banco dos réus. A sessão no plenário do Tribunal do Júri está agendada para iniciar às 9h. O julgamento do “Esquartejador de Alegrete”, como ficou conhecido o acusado, gera grande expectativa na comunidade.

José Brizola, que é réu confesso, cometeu o crime em 17 de abril de 2004. Com frieza, relatou que assassinou a menina mediante enforcamento. Após, ejaculou sobre o cadáver e introduziu os dedos na vagina da vítima. Contou, ainda, que inspirado em um filme que assistira, cortou em pedaços o corpo da criança, colocou tudo em bolsas e jogou as partes do cadáver no Rio Ibirapuitã. Atualmente, o homicida se encontra recolhido na Penitenciária Modulada de Uruguaiana.

O promotor de Justiça Rodrigo Vieira adiantou que contestará a conclusão da perícia, que apontou o réu como totalmente “inimputável”. Ou seja: incapaz de compreender o caráter criminoso de sua conduta. Vieira se baseará em elementos do processo, principalmente em declarações do próprio acusado. “Ele sabia que estava a cometer crimes graves. Por exemplo: diz que seu furo foi não ter separado a cabeça do tronco, caso em que as partes do corpo não boiariam nas águas do rio. Também afirma estar arrependido, pois teria estragado sua vida”.

No júri, aguardado por muitas pessoas da comunidade de Alegrete, Rodrigo Vieira, que representará o Ministério Público, sustentará que “quem é capaz de realizar um juízo valorativo e crítico acerca de seus próprios atos e deles se arrepender, é porque é capaz de saber se sua conduta é certa ou errada, criminosa ou não”. Mesmo com o laudo psiquiátrico apontando a inimputabilidade do réu – denunciado pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado, vilipêndio a cadáver e ocultação – ele foi pronunciado pela Justiça de Alegrete, decisão que foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Estado.



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