Matador segue recolhido à PASC
O serial killer Paulo Sérgio Guimarães da Silva, o “Titica”, que matou sete pessoas no Balneário Cassino, gerando, durante meses, pânico na cidade de Rio Grande, queria ser transferido da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC), onde se encontra recolhido, para a Penitenciária Estadual de Rio Grande (PERG). Porém, o apenado, condenado a mais de 180 anos de prisão, teve seu pedido indeferido pela 3ª Vara Criminal e Execuções da Comarca que acolheu parecer do Ministério Público.
Em 1999, ao ser preso, Paulo Sérgio relatou com detalhes sórdidos à Polícia, como tinha assassinado suas vítimas. O pescador da cidade de Rio Grande contou, sem esboçar culpa ou pena, que após matar, esperava a Polícia chegar ao local do crime para ver o que as pessoas da comunidade iriam comentar.
O promotor de Justiça Márcio Schlee Gomes, que atua em Rio Grande, entendeu que “Titica”, também conhecido por “Maníaco da Praia do Cassino” ou “Motoboy do Sul”, é “um especialista em matar” e deve ser mantido na PASC sob pena de “evidente convulsão social”. Sustentou, ainda, que o presidiário portador de “transtorno de personalidade anti-social”, conforme apurou laudo pericial, cumpre pena na “única penitenciária capaz de mantê-lo”.
O Ministério Público argumentou que “Titica”, que queria ser mais famoso que o “Maníaco do Parque”, de São Paulo, matou casais em Rio Grande com o intuito de “vingar-se da sociedade e ganhar notoriedade pública como matador em série”, sendo que psiquiatras forenses, inclusive, ressaltaram que não deveria ser aplicada medida de segurança, nem mesmo ser reduzida a pena, deixando claro que ele “deve ficar afastado do convívio social pelo alto risco de reincidência”.
O promotor Márcio Gomes frisou que trata-se de um detento de “alta periculosidade e um homicida nato, que ao retornar ao convívio social estará propenso a matar”. Por isso, deve ser mantido em regime fechado sem possibilidade de redução nas contenções. Salientou, ainda, que a transferência de “Titica” para a PERG, que não teria segurança das mais eficientes, causaria “total pânico em toda a cidade e Zona Sul do Estado”. Cópia do parecer do Promotor de Justiça também foi encaminhado à Vara de Execuções Criminais da Capital.