O procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz, participou nesta quinta-feira, 10 de agosto, do encontro do Programa RS Seguro. Pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), também estiveram presentes o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Luciano Vaccaro, a coordenadora do Centro de Apoio Operacional Criminal e de Acolhimento às Vítimas, Alessandra Moura Bastian da Cunha, o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), André Luis Dal Molin Flores, e a promotora de Justiça de Esteio Paula Bittencourt Orsi.

No evento, que ocorreu na Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), foram apresentados exemplos de boas práticas na área da segurança pública no Estado.

Em sua fala no encontro, Alexandre Saltz ressaltou a importância da integração do trabalho do Ministério Público com as polícias e demais instituições do sistema de justiça e segurança. Deu como exemplo o mutirão de júris em Passo Fundo que colocou em dia a pilha de processos que se acumulavam na comarca por conta da alta demanda gerada pela pandemia. “Não há dúvida nenhuma de que isso ajuda de uma maneira muito concreta na redução dos índices que hoje nós comemoramos aqui, porque eles estão diminuindo”, disse.

Por fim, o PGJ propôs que as instituições que compõem o RS Seguro comecem a tratar com especial atenção os crimes de estupro, especialmente estupro de vulnerável, que tiveram um aumento considerável no pós-pandemia. “Sessenta e três por cento acontece no ambiente da casa das pessoas. Isso é muito grave. E grande parte das vítimas são crianças e adolescentes indefesos. Então eu os convido a enfrentarmos esse desafio de olhar para essas pessoas que são vítimas e que, muitas vezes, não têm capacidade de ir até Delegacia de Polícia ou chamar a Brigada Militar para registrar uma ocorrência policial”, destacou Saltz.

COLETIVA

Pouco antes da reunião do RS Seguro, Saltz participou ao lado do governador Eduardo Leite e representantes das demais instituições, de entrevista coletiva para apresentação dos indicadores da segurança pública.

Com o reforço das ações de monitoramento e combate à criminalidade por parte das forças de segurança, o mês de julho fechou com queda nos principais crimes contra a vida e patrimoniais. Em comparação com julho de 2022, os homicídios caíram 25,2%, chegando ao menor número para qualquer mês computado desde o início da série histórica em 2010. Esta é a segunda vez no ano em que a queda chegou ao menor número absoluto da série. Também houve diminuição em importantes indicadores como feminicídio, latrocínio, abigeato e roubo de veículos.