Apreendido ecstasy na Capital
Agentes da Força-Tarefa do Ministério Público apreenderam mais de uma centena de comprimidos de ecstasy na madrugada deste sábado, no bairro Lindóia. Três jovens de classe média foram presos quando embarcavam em dois veículos. Um deles tentou subornar os policias para não ser detido. O caso foi registrado na Central de Ocorrências de Tóxicos, do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), no Palácio da Polícia, onde foi lavrado o flagrante.
O promotor de Justiça Flávio Duarte, da Especializada Criminal da Capital, contou que essa apreensão “não se trata de um fato isolado”. Lembrou que no início deste ano abriu expediente “para monitorar e tentar entender a cadeia do tráfico de drogas sintéticas como o LSD e o ecstasy, em Porto Alegre, que estava crescendo”. No ano passado, observou, agentes da Força-Tarefa fizeram a maior apreensão no Estado. Essas drogas são, geralmente, distribuídas em festas “rave”. Na ocasião, foram apreendidos mais de mil comprimidos de ecstasy e mais de 700 cartelas de LSD. A prisão dos três jovens na zona norte, explicou Flávio Duarte, foi resultado de uma informação surgida antes do final de semana.
O ecstasy recolhido tinha as cores branco e rosa, além de apresentar a marca de um ponto de interrogação, grife conhecida como “charada”. A droga sintética seria vendida em uma festa “rave” no bairro Navegantes. O organizador do evento foi um dos detidos. A transação de entrega e recebimento do ecstasy ocorreu no apartamento de um dos acusados, momentos antes da ação policial. Um levantamento do Denarc revelou que a droga costuma ser enviada de Santa Catarina ao Rio Grande do Sul. O ecstasy é costumeiramente consumido em festas noturnas e por jovens de certo poder aquisitivo, freqüentadores de “baladas eletrônicas”.
O MDMA, mais conhecido como ecstasy, é uma droga moderna, sintetizada, neurotóxica, que causa euforia, sensação de bem-estar, alterações da percepção sensorial e grande perda de líquido. Seu uso concentra-se nos ambientes “rave”, onde há aglomeração noturna em espaços fechados para dança com música contínua. O Promotor de Justiça da Especializada Criminal acredita que cada comprimido é vendido no mercado por cerca de R$ 20. Esta droga sintética, que também vem sendo trocada por cocaína, é de fabricação estrangeira. A curiosidade das pastilhas é o fato de serem coloridas e batizadas mediante o desenho impresso, permitindo distingui-las entre si.
