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No júri mulher que matou marido a marteladas

No júri mulher que matou marido a marteladas

marco
Julgamento popular iniciou às 9h desta quarta-feira, no Tribunal do Júri da Capital. Ministério Público sustentará o libelo acusatório

Encerrou às 11h desta manhã, o interrogatório de Gislaine Orrigo Cardoso Souza Mendes, que assassinou o marido Aridemar Souza Mendes com golpes de martelo e após esquartejou seu corpo. Ela está sendo julgada na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Alegre. O julgamento popular da autora do crime ocorrido na madrugada de 21 de dezembro de 2004, iniciou às 9h e deverá terminar no final da noite. Gislaine se encontrava recolhida no Presídio Madre Pelletier. Para condená-la, o promotor de Justiça Luís Antônio Portela sustentará o libelo acusatório. A ré foi denunciada por homicídio duplamente qualificado, “pelo meio cruel empregado e porque agiu com traição”. Quatro mulheres e três homens compõem o corpo de jurados que decide a sorte de Gislaine.

O marido estava dormindo quando a mulher aplicou as marteladas. Foi apurado que o homicídio foi cometido com raiva porque Gislaine queria a separação e seu marido não aceitava. A cabeça, os braços e as pernas do homem foram encontrados num matagal na Lomba do Pinheiro, zona Leste da Capital. As partes do corpo estavam dentro de um saco plástico de lixo e foram localizadas por um morador das proximidades, que passava pelo local na companhia de seu cachorro. Alertado pelos latidos do animal, resolveu abrir o volume e se deparou com dois calcanhares. Apavorado, avisou a Brigada Militar. Outras partes do corpo de Aridemar foram enterradas no quintal e em sacos de viagem acondicionados na cozinha da casa situada na rua Machado de Assis 308, bairro Partenon. O júri é presidido pelo juiz Luis Felipe Paim Fernandes.

Gislaine, que constituiu como advogado o criminalista Elias Maraninchi Giannakos, narrou que matou o marido assim que acordou, às 3h da madrugada. Depois de golpeá-lo diversas vezes na cabeça com um martelo que estava ao lado da cama, começou a esquartejá-lo. As partes do corpo foram acondicionadas em sacos plásticos de lixo que teve de comprar no supermercado. A mulher alegou que Aridemar era violento e também não queria que ela estudasse. Durante o interrogatório, o promotor de Justiça Luís Antônio Portela mostrou fotos das partes decepadas do corpo da vítima para a ré e aos jurados. Também evidenciou, através de depoimentos de testemunhas, que ao contrário do que Gislaine diz, Aridemar não era um homem violento e até ajudou financeiramente sua algoz pagando a matrícula de um curso pré-vestibular.



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