Promotorias pedem desbloqueio total de rodovias
A Promotoria de Justiça de São Luiz Gonzaga ingressou com ação civil pública, na manhã desta sexta-feira, no Judiciário local, pedindo o desbloqueio total, por parte dos agricultores, da BR-285 e entroncamentos que dão passagem para Bossoroca, Santiago e outras localidades. Em seu pedido, o promotor de Justiça Belmiro Pedro Welter sustenta que existem outras formas democráticas de manifestação. “A liberdade geral da população é superior ao direito de protesto de apenas um grupo social”, escreveu na ação.
A Promotoria de Justiça de Ijuí ajuiza, ainda na manhã desta sexta-feira, ação civil pública, com pedido de liminar, solicitando o desbloqueio feito pelos agricultores na BR-285, RS-155 e RS-342. A expectativa do promotor Rodrigo Zilio é de que uma decisão do Judiciário ocorra ainda hoje. Ele ressalta que somente a medida judicial poderá acabar com o impasse. Por sua vez, o promotor Marcelo Dossena Lopes dos Santos está enviando ofício para o comandante do Batalhão da Brigada Militar da Região, Felisberto Cunha da Silveira, solicitando a identificação de todos os manifestantes. O Ministério Público de Ijuí quer que a Brigada Militar aponte, em termos circunstanciados, os possíveis delitos praticados pelos manifestantes nas estradas.
Em Giruá, os promotores de Justiça Ana Paula Mantay e Renato Moura Tirapelle também ajuizam, ainda hoje, ação civil pública, com pedido de liminar, solicitando o desbloqueio da RS-344. Conforme Tirapelle, o Ministério Público, na ação, pede que, após a regularização do fluxo de veículos na rodovia, o Judiciário tome medidas que impeçam novos bloqueios.
Já em Santo Ângelo, a promotora de Justiça Rosângela Corrêa da Rosa aguarda nova assembléia dos agricultores para analisar qual medida tomar em relação ao bloqueio da convergência da BR-285 e RS-344, no município de Entre-Ijuís. Na manhã desta sexta-feira, o bloqueio foi parcial na região. Após o meio-dia, os agricultores devem decidir o futuro das manifestações. De acordo com a promotora, graças a um trabalho conjunto com a Procuradoria da República, os casos de emergências, envolvendo o transporte escolar e de ambulâncias, foram sempre liberados pelos manifestantes.