Delação premiada permite condenação de traficante em Alegrete
Na última semana, o juiz da Vara Criminal de Alegrete, Vinícius Leão, condenou Lúcia Inês Gonçalves a uma pena de nove anos e nove meses de reclusão, a ser cumprida integralmente em regime fechado, mais multa, por tráfico ilícito de entorpecentes. A condenada era conhecida por liderar o tráfico em bairro central de Alegrete, situado próximo a dois quartéis do Exército.
Para o Promotor de Justiça Rodrigo Vieira, a decisão representa uma vitória na guerra contra o tráfico de drogas. Rodrigo, que é o titular da Promotoria Criminal de Alegrete, revela, ainda, que além da condenação de pessoa de destaque no cenário do tráfico na cidade, o diferencial é que a condenação serviu-se de prova oriunda de declarações obtidas mediante a oferta de delação premiada.
Em outubro de 2004, um jovem de 19 anos foi preso com diversas trouxinhas de cocaína. No decorrer do processo, considerando sua idade e o fato de ser primário, o Ministério Público propôs o benefício do perdão judicial, aceito por ele. O rapaz, assim, informou que Lúcia Inês era a fornecedora do narcótico, sendo, ao final, absolvido. A informação acabou por propiciar elementos que levaram à condenação da traficante.