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Promotoria de Justiça de Direitos Humanos quer novas regras de ingresso em estádios

Promotoria de Justiça de Direitos Humanos quer novas regras de ingresso em estádios

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Proibir a entrada de torcidas organizadas e a venda de bebidas alcoólicas em estádios. É o que a Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos quer em todos os jogos de futebol realizados na capital gaúcha. Para tanto, o Ministério Público fará uma audiência de instrução e tentativa de ajustamento, nesta sexta-feira (07), às 15h, no Palácio do Ministério Público. Foram notificados a Federação Gaúcha de Futebol, o Sport Club Internacional, o Grêmio de Football Porto-Alegrense e a Secretaria Estadual da Justiça e Segurança.

O Ministério Público quer, ainda, que os clubes e Federação passem a fazer a segurança interna dos estádios, por meio de orientadores e seguranças particulares. A medida é obrigação de todos os que promovem eventos artísticos e esportivos. Ocorre, por exemplo, na realização do Planeta Atlântida. Assim, a Brigada Militar concentraria seu efetivo na segurança do lado de fora dos estádios. Da mesma forma, a Promotoria quer coibir a permanência de integrantes de torcidas organizadas nos estádios com vestimentas e bandeiras.

O promotor de Justiça Renoir da Silva Cunha ressalta que o Ministério Público "vai tentar aditar novas cláusulas e obrigações para um compromisso de ajustamento que já existe na Promotoria". A Promotoria de Justiça de Direitos Humanos investigou as ações de torcidas organizadas na capital gaúcha desde 2001. Ao final, foi assinado um termo de compromisso de ajustamento que teve, entre outras, as seguintes determinações: instalação de câmeras de vigilâncias nos estádios, setorização para torcidas organizadas, deslocamento de ônibus de torcedores com escolta da Brigada Militar, venda de ingressos numerados e indicação de assentos por números.

No último domingo (2), imagens mostraram o uso de força desnecessária por parte da Brigada Militar contra torcedores, no estádio Beira-Rio, após a partida entre Internacional e Fluminense. Renoir Cunha avalia que "o termo de compromisso assinado na Promotoria infelizmente não impediu o lamentável episódio, mas certamente inibiu que as proporções tivessem sido mais graves". (por Jorn. Célio Romais)



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