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Renner aborda a criminalidade no país em evento organizado em Passo Fundo

Renner aborda a criminalidade no país em evento organizado em Passo Fundo

marco

O presidente do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas - GNCOC – responsabilizou os erros cometidos no passado pelo atraso no desenvolvimento de técnicas para conter a ação dos criminosos. Foi durante a abertura da I Semana do Ministério Público de Passo Fundo, que lotou o auditório da Faculdade de Direito da UPF, na noite da última terça-feira, 2. Mauro Henrique Renner traçou um retrato da paisagem urbana dizendo que está relacionada à realidade da arquitetura das casas que adotam formas de presídio e todo o tipo de segurança. Observou que os carros usam películas, GPS e blindagem, que está se tornando o grande mercado do centro do País. “A taxa de medo da população subiu e o cidadão está acuado” disse Renner.

Ele também lembrou que a população carcerária brasileira ronda a casa dos 340 mil, sendo que 96% é composta por homens e 4% de mulheres. Referiu que no Estado são aproximadamente 20 mil presos e outros 9 mil com mandados de prisão esperam para entrar. Renner falou para um grupo de aproximadamente 300 pessoas, na maior parte estudantes de Direito que assistiram a mais duas palestras: a do secretário-adjunto da Justiça e da Segurança Pública do Estado, Fábio Medina Osório, e a do advogado e promotor de Justiça aposentado, José Gonzales.

Em sua palestra, Medina Osório disse que a interpretação das leis penais deve não apenas levar em conta a liberdade individual dos integrantes do sistema, mas, também, “o exercício coletivo que atenda os interesses da sociedade”. Acrescentou ser necessário um trabalho unificado e diálogo entre os órgãos de segurança, o Ministério Público e o Judiciário. Concluiu dizendo que “este entendimento pode reforçar a atuação no combate à criminalidade”.

O promotor de Justiça aposentado José Gonzales lamentou que o Brasil esteja se tornando uma “república de crimes incontroláveis e que o problema com a insegurança não se resolve com o Direito Penal”. Defendeu o controle da natalidade, alegando que a população cresce desordenadamente numa faixa onde o Estado não atua.

A I Semana do Ministério Público de Passo Fundo termina nesta quinta-feira, com as palestras do Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Administrativos, Cláudio Barros Silva, e do promotor de Justiça de Uruguaiana, Cláudio Ari Mello, abordando o tema “O Ministério Público como agente de transformação social”. O promotor de Justiça Paulo Cirne, um dos organizadores do evento, avalia que encontros como esse servem para aproximar o Ministério Público da sociedade.
(Jorn. Flávio Damiani).



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